sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Eu vi-te jogar, Pablo!!! Obrigado

Ser adepto de futebol, ser fã de um clube é viver intensamente a realidade associada a uma determinada época, ao tempo que passamos neste mundo. Podemos admirar as glórias do passado ou imaginar o futuro mas é o presente que podemos viver e influenciar.

Como benfiquista tenho pena de não ter visto Eusébio, Coluna, Simões, Humberto Coelho ou Toni jogarem mas tendo nascido em 1976 não havia forma como. Comecei a ir ao futebol com mais regularidade no início dos anos 90, vivi intensamente os jogos de 93/94 e o último título antes do descalabro que durou quase 10 anos. Quem sobreviveu as épocas negras de então, consegue amar este clube como poucos porque nesses tempos apenas a fé e o amor ao Benfica nos fazia continuar a sê-lo. Tudo o resto dava-nos pouca esperança mas o gigante adormecido esteve sempre lá!

Depois cumpri o sonho de ser campeão e o de voltar a ver Rui Costa com o nosso manto sagrado. Estava escrito que ele não voltaria a ser campeão como jogador mas esses anos devolveram-nos alguma coisa: a crença de que não só nos sentimos grandes como somos mesmo muito grandes, por muito que nos queiram deitar abaixo!

Quando Rui Costa pendurou as botas e deixou vazia a camisola 10, um vazio instalou-se no clube porque não sabíamos que iria herdá-la. Pablo César Aimar aterrou em Lisboa, trazido e convencido por Rui Costa, no Verão de 2008. Catalogado com caro e velho, lesionado e sem chama, diziam dele que vinha gozar uma reforma dourada no Benfica.

A primeira época parecia dar razão aos críticos excepto nos momentos em que cada um de nós percebeu que havia magia naqueles pés, havia algo único no futebol que punha em campo. E foi no 1º ano de Jorge Jesus, em que voltámos a ser campeões, quando o rolo compressor deitou por terra tudo o que à nossa frente se colocou que Pablito explodiu.

Retenho um dos primeiros golos, frente ao Vitória de Setúbal (31 de Agosto de 2009) em que com 2 ou 3 toques deixa a defesa adversária colada ao chão e marca, sem espinhas e como se fosse a coisa mais natural do mundo. Ou aquele hino que foi o golo contra o Paços de Ferreira (29 de Outubro de 2010 em que finta 3 adversários para depois com um chapéu levantar o Estádio da Luz. E quando vencemos o Sporting por 2-0 (13 de Abril de 2010) com um dos golos, de angulo impossível e depois de ultrapassar defesas e guarda-redes dos leões... Mais que os golos, as jogadas impossíveis sempre com a bola colada à chuteira, os passes incríveis para Saviola, Cardozo e companhia.

Deixo-vos alguns vídeos:

Vitória de Setúbal:


Paços de Ferreira


Sporting

Mais que os golos e passes, foi a atitude. Dar tudo por tudo em campo. E fora dele, ter a humildade de perceber o que é o Benfica, de assumir a Mística e a Magia que é poder envergar e respeitar o manto sagrado em cada momento. Ser grande é perceber isso e Pablo César Aimar, por tudo, entendeu perfeitamente o que é o Sport Lisboa e Benfica:

Posso dizer que, no meu tempo, vi Pablo Aimar jogar no meu clube do coração. E posso garantir que Pablito leva no coração o Sport Lisboa e Benfica...

Obrigado!!!

Pedro Martins

3 comentários:

  1. Bom testemunho. Ser Benfiquista é isso mesmo. Reconhecer quem, a cada momento, agarra no testemunho - na tocha de Luz - e a leva rumo ao futuro. Pabl(it)o Aimar honrou e serviu o nosso Benfica como um grande profissional. Também eu, que vi jogos com Coluna, Eusébio, Torres, Simões, Humberto Coelho, Toni, Chalana, etc., não esquecerei o Pablo Aimar.

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  2. Eu, brasileiro, que vivi 4 anos em Lisboa e aprendi a ser Benfiquista, vi também, com muito orgulho "El Mago" a despejar magia nos relvados do Glorioso. Viva Pablo! Viva o Benfica! André Gusmão

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  3. Benfica é orgulho, é religiao <3 :')

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