A primeira vez que tive cativo, éramos um grupo de 11, creio. Eu era a única representante do sexo feminino. Aturar 10 gajos não era difícil, exceptuando pelo cheiro a cerveja ao intervalo. Tirando dois deles, sogro e genro, que se sentavam sempre juntos, todos os demais iam sempre munidos de phones, logo eu via literalmente o jogo sozinha. Ninguém me ligava importância. Mesmo estando nós sentados no antigo 3º anel, quando havia um golo e eu nem conseguia distinguir quem marcava, acham que partilhavam a informação saída dos mini rádios foleiros? Pois... começavam a festa e eu era um alien!
Fartei-me. Tinha que subir 1.000 degraus, para ver mal e aturar 90 minutos de profunda inexistência. E como tenho pavor de descer escadas nem no intervalo me levantava.
Depois tive cativo no Piso 0. Bliss. Nada de escadas. Campo de visão amplo. Dava para chatear o Nelson como se ele tivesse ali mesmo ao pé de mim, dava para identificar os jogadores pelo nome na camisola. Já socializava com os meus amigos que estavam na bancada atrás (um deles ouve phones mas é indiferente, socializa à mesma, uma pessoa como deve ser), mas o meu Moço, enfiava as mãos nos bolsos da sweater, auscultadores na orelha e impávido o jogo todo. C' um caraças, que turn off.
Com a crise, agora vejo os jogos do sofá e já é uma sorte haver Sport TV cá em casa. Vejo há mesma "sozinha". O gajo mete os auscultadores XPTO wi-fi que EU lhe ofereci e nem ai, nem ui.
Explicação: para conseguir ouvir o relato. Que os meus comentários o impedem. Porra, mas há algum comentário de algum jornalista desportivo que valha a pena ouvir? E que tenham menos valor que uma observação, sempre pertinente, da euzinha?
Gajos!!!! Cambada!
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