domingo, 24 de julho de 2011

A primeira vez

Antes de começar a escrever este texto, pensei comprar os jornais desportivos todos e pôr-me  a ler tudo o que existisse na blogosfera (credível) sobre este Benfica 2011-2012.

A verdade é que precisava de informação para digerir dado que tenho andado a ignorar o Glorioso nos últimos tempos. Quando não compreendo as coisas, tenho esse hábito.

Optei por não ler nada, para este post inicial, pois há factores mais importantes como o facto de ser benfiquista de coração. De ter sido primeiro sócia e só depois registada. De ser filha de um benfiquista que quando, nos velhos tempos, o SLB empatava, chegava a casa, não jantava e não abria a boca. Quando, oh coisa rara, o clube perdia, chegava do Estádio e ia directo para a cama.   

Assim nascida e criada, ou era insensível ou sentia a paixão. 

Não obstante, não deixo de ser uma adepta moderada, não discuto esquemas de jogo nem sou avessa à critica. O Benfica é mais do que um clube, que um estádio ou que o Eusébio. É um modo de estar, uma forma de encarar a glória e as derrotas, um modo de sentir o futebol (e demais modalidades) e de encarar a vida radicalmente diferente dos demais.  O estado de alma que nos une, mesmo quando não concordamos com as opções que são tomadas, é simplesmente, único. Porque esse é o ADN do clube. 

Posto isto, e dado que adormeci no ultimo jogo contra o Toulouse, assumo que estou ainda a ver se a relva está em condições. Atrevendo-me a assaltar o blogue da Lei Seca do benfiquista Pedro Mexia, creio que este post é esclarecedor:

"Certa noite, o crítico teatral James Agate adormeceu durante um espectáculo sobre o qual ia escrever; no fim da representação, o dramaturgo protestou, dizendo que a sua peça tinha direito a uma opinião. Agate respondeu: «Young man, sleep is an opinion».


Nesta pré-época, o Glorioso:

- dispensou, de forma que considero de baixo nível, o Capitão, pilar do balneário e que fazia  a diferença em campo.

- mandou vir charters e charters de jogadores, demasiados para uma pessoa conseguir acompanhar o ritmo. Nem eu na Zara me passo desta forma. E em campo é uma confusão de pessoas atiradas para dentro do campo sem elo de ligação.

- decidiu que era uma boa ideia, depois do negocio esquisito do Roberto, com tão bons resultados, contratar o Eduardo, um senhor que recordo no jogo SC Braga-SL Benfica, época 2009-2010, ao intervalo, fez um sprint solitário desde a baliza até à entrada dos túneis para vir bater em jogadores do Benfica. Um tipo a valer.

- aparentemente ainda havia mais jogadores que se pretendiam comprar mas que os Andrades se anteciparam (como já acontecera com o Falcão) ou levaram a melhor, o que já é um acto continuo e que me parece estranho e impossível de continuar. Sobretudo se for para o Rui Costa fazer figuras menos felizes,  a posteriori.

- saiu o Director de Comunicação, facto não muito falado, mas que a bem da verdade muito me apoquenta. É um pormenor mas, visto contra quem nos defrontamos, discernimento e bom-senso precisa-se.


Tirando isso, gostei do Garay e do Artur. Necessitamos do Luisão, rapidamente, em campo. E o Aimar está a ser o senhor do costume.

Let’s the games begin.


                                                                                                M.A.P.

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